[ Especial ] - Lista de Demônios ( A - Z ) - Parte II


A palavra "demônio", do grego "daimon", refere-se à entidades dotadas de poderes sobrenaturais, situadas entre os humanos e os deuses, e com capacidade de melhorar a vida das pessoas ou executar castigos divinos. Os demônios fazem parte do folclore popular em todo o mundo.


...Continuação:


J

"Jahi":
demônio fêmea da religião de Zoroastro que foi beijada por Ahriman, introduzindo assim a menstruação no mundo. Ahriman representa o principie do mal, e o seu oposto, Ormuzd, o principie do bem, que deve acabar por vencer.
"Jin": demônio entre os árabes pagãos, representando uma das forças contrárias à natureza. Espírito ou demônio menor que um anjo. A forma plural do nome é "jinn"; a forma feminina, "inniyah". Formados de fogo ou ar, os "jinn" podem adotar tanto forma humana quanto animal. Para os muçulmanos, são entes sobrenaturais que podem ser bons ou maus. O rei Salomão possuía um anel de magia que o protegia desse demônio.
"Jurupari": entidade sobrenatural dos índios sul-americanos, versão ameríndia da divindade legisladora encontrada em todas as sociedades primitivas. Geograficamente, o Jurupari é o mito mais difundido no Brasil. Sua origem situa-se, provavelmente, no período da passagem do matriarcado para a organização patriarcal ocorrida nas sociedades tribais brasileiras. Segundo a lenda, Jurupari foi concebido de mulher virgem fecundada pelo sumo da cucura (planta da família das moráceas, entre elas, o figo, a jaca e a fruta-pão). O filho desta gravidez foi enviado à terra com a missão de reformar os costumes e procurar a mulher perfeita para ser esposa do Sol. Não pode deixar a Terra enquanto não encontrá-la. Jurupari tirou o poder das mulheres e o entregou aos homens. Instituiu festas para os iniciados, ou seja, homens que atravessaram o rito da puberdade e se tornaram guerreiros. As mulheres não podem participar das festas pois, se conhecerem os segredos dos homens, Jurupari as castiga com a morte. Nas festas de Jurupari, que ainda ocorrem em muitas populações indígenas ou entre seus remanescentes, os homens dançam e tocam um instrumento de sopro chamado "trombeta de Jurupari". O mito está ligado também à idéia de íncubo (demônio masculino que violenta mulheres à noite) porque Jurupari aparece aos homens nos pesadelos. A catequese jesuítica identificou-o com o diabo.


K

"Kasdeya":
nome do quinto Satã, que ensina a destruição aos homens. Na magia, é representado por uma caveira de um jovem.
"Kobal": diretor de diversões da corte do Inferno. Padroeiro dos comediantes. Durante séculos foi considerado suspeito para a Igreja. Demônio que sentia imenso prazer em matar. Na Alemanha, é "Kobald", espírito familiar, considerado o guarda dos metais preciosos.
"Krikoin": na religião dos esquimós, é o demônio do mal, que persegue os cães que ficam ao lado de fora das casas, nas noites frias.
"Kubera": é o rei dos demônios maus para os hindus, sendo também considerado o deus da riqueza.


L

"Lilith":
demônio feminino mencionado no folclore judaico. Várias são as lendas sobre ela, sendo considerada a personificação das paixões desregradas. A mais antiga tradição popular judaica dá como sendo ela a primeira mulher de Adão. Não conseguindo lhe dar um filho, Deus decidiu criar Eva para ser sua companheira. Foi ela quem ensinou a Adão a felação e outras práticas que a moral qualifica de antinaturais. É, a mãe dos espíritos do mal, Lelin, Sehedin e Roudin. É associada com a praga e o flagelo do meio dia (Salmo 91, Salmo 56). Tida ainda, com um dos sete demônios da Cabala hebraica, representado pela figura de uma mulher nua, cujo corpo termina em cauda de serpente. Pela crença dos antigos persas, alguns a dão como filha de Samuel e esposa de Ashmedai ou Esmadfewa, um dos sete espíritos demoníacos.
"Loki": demônio do fogo, gênio do mal. Na mitologia escandinava é comparado ao próprio Diabo.


M

"Mamon":
demônio da avareza, riquezas e iniqüidades. Foi ele quem ensinou os homens a cavar a terra à procura de tesouros ocultos, no dizer de Milton. Palavra aramaica que significa "riqueza". Cristo nos adverte que não podemos servir a Deus e a Mamon (Mateus 6: 24): "ninguém pode servir a dois senhores porque ou há de aborrecer um e amar outro, ou há de acomodar-se a este e desprezar aquele. Não podemos servir a Deus e às riquezas (Mamon)". Vide também Evangelho de Lucas 16:13.
"Mandrakes": demônios pequenos, sem pêlos, grosseiros. Uma espécie dos conhecidos Capetas.
"Manitó" ou "Manitô": Gênio tutelar, ou demônio, entre índios americanos.
"Mefistófeles": pérfido, maldoso, sarcástico. Nome popular do Diabo, segundo Goethe. Personagem do drama Fausto de Goethe (1749-1832), é um demônio que veio à Terra para satisfazer paixões de Fausto. Julga o mundo com ironia desdenhosa. Seu nome é empregado com sinônimo de homem de caráter perverso, verdadeiramente diabólico. A história de Fausto é a história do homem que vendeu sua alma ao Diabo em troca de bens terrestres. O drama divide-se em duas partes, onde o genial poeta imortalizou suas concepções da natureza e do homem.
"Mezu": no folclore japonês, o demônio com cabeça de cavalo, que dá assistência a Kongo, xerife dos Infernos.
"Molegue": príncipe da "Terra das Lágrimas", no Inferno. Recolhe, com alegria, as lágrimas das mães. É um demônio monstruoso, gotejando o sangue das criancinhas e as lágrimas de suas mães. Apresenta-se com cabeça de bezerro, coroa real, braços esticados para receber suas vítimas humanas. Os amonitas, membros de tribo à leste do Jordão, descendentes de Amon, que derrotaram os gigantes de Zomzomins e ocuparam a região, costumavam adorá-lo, sacrificando crianças em seu louvor para obterem boas colheitas e vitória nas guerras. Milton e Flaubert a ele fazem referência. OBS.: Alguns não gostam de utilizar a palavra "moleque", porque dizem que ela derivou do nome desse demônio.
"Mulli": primeiro mordomo da casa dos príncipes infernais.
"Murmur": demônio da música, conde do Inferno, surgindo como um abutre, de pernas abertas, figurando um soldado gigantesco. Também denominado Murmúrio.


N

"Nasu":
na religião de Zoroastro, representa o demônio feminino que se alimenta de corpos que acabaram de morrer ou já se encontram em estado de putrefação. Surgem com se fossem borboletas. Sua residência é o Inferno, no monte Elbroug.
"Nergal": deus sumeriano das regiões infernais. Pode ser igualado ao deus grego Plutão, que governava o submundo. Nergal, com o Satã bíblico, habitava originariamente os céus. Considerados por muitos como demônio de segunda classe. Era chefe de polícia e espião de Belzebu. Esposo de Ereshkigal que, no panteão sumero-arcadiano, é considerada a senhora do grande lugar, rainha do mundo dos mortos, reinando em seu palácio, guardando a fonte da vida. Os demônios do mal e da morte são seus descendentes.
"Nuton": originário da lenda belga, vivendo sempre em grutas, perto de águas correntes. Muito brincalhão, torna-se violento, todavia, se atacado.
"Nybras": propagandista dos prazeres da corte infernal. Supervisor dos sonhos, visões, êxtase. Demônio inferior, tido como falso profeta e charlatão.
"Nysroch": chefe da casa do príncipe infernal. De segunda classe; preside os prazeres da mesa.


O

"Orias": conde do Inferno. Perito em astrologia. Na metamorfose, carrega sempre uma serpente em cada mão.
"Orthon": demônio familiar do conde de Corasse e do conde de Foix. Invisível, sabe tudo o que acontece no mundo. Quando aparece, costuma mostrar-se como uma porca.


P

"Pazuzu":
demônio assírio, rei dos espíritos maus do ar, filho de Hanpa. Há no museu do Louvre (França) uma estátua de bronze, do século VII, representando Pazuzu, com forma humana, duas asas e dois chifres.
"Perséfone": deusa do Inferno, filha de Júpiter e Ceres, mulher de Plutão. É a mãe das fúrias.
"Prusias": um dos três demônios a serviço de Satanáquia, grande general das legiões de Satã.


R

"Ravana":
demônio rakchasa, do épico Ramayana, soberano do Ceilão que raptou Sita, esposa de Rama. Ramayana é um poema sânscrito, ao mesmo tempo religioso e épico, em 50.000 versos e sete partes. Celebra a genealogia de Rama, a sua juventude, a luta contra Ravana, raptor de Sita, sua vida e ascensão para o céu. Rama é uma das encarnações de Vichnu na mitologia hindu e deus da Índia, casado com a deusa Sita.
"Raymon": demônio poderoso encarregado das cerimônias infernais. Aparece na forma de um homem vigoroso, mas com rosto de mulher, coroado com jóias e montando um dromedário.
"Rimmon": embaixador do Inferno na Rússia czarista. Demônio menor, chefe dos médicos, acreditando-se que era capaz de curar a lepra.


S

"Saarecai":
demônio menor que habita os buracos da casa, mas, acredita-se, "não faz mal a ninguém".
"Sardon": conselheiro do Inferno, sacrificando as criancinhas nos Sabás (rituais satânicos). Deu origem à expressão "risadas sardônicas".
Satã: Na tradição judaica mais primitiva, um dos anjos de Jeová, advogado ou representante dos homens junto a este, e que posteriormente, sob a influência do problema do mal e das soluções de tipo dualista dadas a esse problema, passou a significar o mau, o acusador, o tentador, o demônio. Lúcifer.
"Seirim": demônio cabeludo na forma de bode, que dança nas ruínas da Babilônia, comandado por Azazar.
"Shabrini": demônio dos antigos judeus que costumava cegar os homens.
"Shedim": demônio destruidor. Dizem ser descendente da serpente, outros dizem ser de Adão, depois da queda, e outros de Deus, que deixou os inacabados, incompletos, por causa do dia do descanso, ou seja, do Sábado. Para poder localizá-los, devem ser espalhadas cinzas pelo chão, para que esses demônios deixem seus rastros, dependendo, todavia, de uma formula mágica a ser proferida para que possam ser vistos. Suas garras são de galo e seu chefe é o demônio Asmodeu.
"Súcubos" ou "Succubus": demônio fêmea, em oposição aos Íncubos, tentando os homens durante o sono, nada os detém até conseguirem copular com eles. Costumam visitar os solitários, monges e pastores, aproveitando-se de seus jejuns e abstinências. Reanimam cadáveres que depois de uma noite de amor, voltam ao estado putrefato. Muitas vezes, dizem, tomam a forma da pessoa amada. Esta é uma raça menos conhecida de vampiras européias. A maneira mais comum de se alimentarem é tendo relações sexuais com suas vítimas, deixando-as exaustas e depois alimentando-se da energia dispersada no ato sexual. Elas podem entrar numa casa sem serem convidadas e tomar a aparência de qualquer pessoa. Geralmente visitarão suas vítimas mais de uma vez. A vítima de uma Succubus interpretará as visitas como sonhos. A versão masculina de um Succubus é um Íncubus.


T

"Tânatos":
demônio masculino que personifica a morte, irmão de Hipnos (sono) e de Nix (noite). Freud, em seus estudos, desenvolveu o conceito no qual Tânatos é uma das forças que governam o inconsciente profundo. A outra força é Eros (o amor).
"Tarasgua" ou "Tarascon": metade monstro da terra, metade do amor, foi vencido por Santa Marta, que o prendeu em seu cinto de virgindade. Apresentava cabeça de leão, com seis pés, patas de urso e rabo de serpente.
"Thamuz": embaixador do Inferno na Espanha, sendo inventor da artilharia, da Inquisição e de suas punições. Era considerado o inspirador das grandes paixões.


U

"Ukobach":
demônio inferior e responsável pelo óleo das caldeiras infernais. É o inventor da frigideira e dos fogos de artifício, aparecendo sempre com o corpo em chamas.
"Uphir": demônio químico, conhecedor de ervas medicinais e, responsável pela saúde dos outros demônios.


V

"Vetis":
trabalha para Satã e é especialista na corrupção das almas de pessoas santas.
"Vekum": demônio que seduziu os filhos dos anjos sagrados e persuadiu-os a virem à Terra e ter relações sexuais com os mortais, conforme o livro de Enoque.


X


"Xaphan":
demônio menor que, por ocasião da rebelião dos anjos, deu a sugestão para se atear fogo no céu. É o que acende o fogo no Inferno.
"Xesbeth": demônio das mentiras, dos prodígios imaginários, dos contos maravilhosos.


Z

"Zaebos":
demônio com cabeça humana e corpo de crocodilo.
"Zagam": demônio das decepções e dos desenganos. Consegue transformar cobre em ouro, chumbo em prata, sangue em óleo, água em vinho. Tem asas e cabeça de boi.
"Zagamzaim": diabo disfarçado de eunuco, descrito por Vitor Hugo.
"Zepar": grão-duque do império infernal que tenta levar os homens à pederastia.




Fonte: oapocalipse.com
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