Residente em Santiago, Armando estava de férias com seus familiares na localidade de Las Lagunas, em Concepción, a 500 km da capital chilena. Em meio a um matagal, Armando encontrou um ser pequenino, com cerca de 7,2 cm, e deu início a uma incrível história. A criatura encontrada, para surpresa do rapaz, ainda estava viva, apresentando um grande crânio, dois braços, dedos compridos com garras e duas pernas. Tinha um aspecto bastante frágil. Sem hesitar, Armando o envolveu cuidadosamente em papel e o levou para casa. Segundo declaração de testemunhas, o ser permaneceu vivo por durante pelo menos oito dias, sendo que, em certos momentos, chegava a abrir os olhos, mas sem emitir qualquer som.
Durante este tempo, não aceitou água e muito menos comida. Já morto, se mumificou rapidamente, sem entrar em decomposição. No dia 22 do mesmo mês, a criatura foi apresentada à imprensa, sendo seu aspecto, naquele instante, muito similar às múmias, tendo leves sinais de queimadura e ressecamento e estando quebradiço. Especialistas da Universidade do Chile foram consultados e, após rápido exame, declaram ser possível que se tratasse do feto de algum felino da região. No entanto, nenhuma confirmação final poderia ocorrer naquele momento, sendo necessários vários exames – inclusive o de DNA. O doutor em Zoologia e professor da Universidade de Concepción, Juan Carlos Ortiz, descartou categoricamente a teoria de que o minúsculo animal poderia se tratar de um alienígena, como alegavam de imediato os ufólogos, e explicou que neste tipo de tema as pessoas tendem a misturar as observações com certa imaginação mitológica.
O acadêmico disse ainda que o estranho corpo teria mais relação com o feto de um animal doméstico, como muita gente supôs. “À primeira vista, poderia se tratar do feto de um gato, principalmente pela forma achatada do crânio e do corpo mirrado. Nos cães, por exemplo, a forma da cara é mais alargada”, explicou o cientista, acrescentando que o ser não se assemelhava a nenhuma espécie nativa do setor onde foi encontrado, a chamada Oitava Região chilena. Quanto à forma incomum do esqueleto, Ortiz assegurou que “em geral, os fetos de animais têm a cabeça maior do que o corpo”. Ele explicou que quando se congela uma criatura, esta se desidrata, sua massa muscular se contrai e encolhe, mas o crânio e ossos não sofrem transformações.
Esta poderia ser a razão que explicaria o tamanho desproporcional da cabeça do ser em relação ao corpo. Jorge Artigas, curador do Museu de Zoologia da Universidade de Concepción, preferiu não se referir ao tema sem antes realizar análises no cadáver e lamentou que não poderia levá-lo para estudos, posto que conta com todo o equipamento e pessoal necessário para examinar este tipo de fenômeno em seu laboratório. E assim a polêmica seguiu, aquecida por ufólogos, que defendiam a origem extraterrestre para a criatura, e cientistas, que dividiram-se entre hesitantes e decididos a atribuir origem zoológica para o estranho ser. Enquanto isso, as notícias sobre o assunto corriam o mundo, principalmente através da internet.
Em 23 de outubro veio a público o médico cirurgião e psiquiatra Mário Dussuel, um dos correspondentes da Revista UFO no Chile e especialista em abduções, que analisou o ser encontrado, declarando que o mesmo apresentava composição biológica distinta de um ser humano e de felinos. “Estaríamos diante de um caso que poderia causar uma revolução internacional de repercussões inesperadas”, assegurou. “Tive este estranho ser em minhas mãos”, disse o doutor Dussuel. “Estava mumificado, mas seus olhos me chamaram atenção. Eles estavam localizados na laterais do crânio, que tinha os lóbulos temporais muito marcados e uma composição harmônica. Os dedos não têm nada a ver com os de animais e possuem uma cobertura muito fina”, explicou. Dussuel disse ainda que seria necessária a realização de uma microscopia eletrônica para estudar suas células e tecidos.
“O fato parece muito interessante. Pude ver e crer que existem vários detalhes que chamam a atenção na criatura. Mas, para chegar a uma conclusão, teremos de usar o método científico”, declarou o médico. Entretanto, para surpresa de todos, uma semana depois, através de um comunicado oficial, o Instituto Neurológico anunciou estar deixando de lado a investigação do Caso Toy – nome com o qual ficou conhecido o pequeno ser. Em reunião da diretoria da entidade e por decisão unânime, decidiu-se o encerramento das investigações, que mal haviam começado. Funcionários do Instituto Neurológico declararam que tal decisão se fundamentava no acúmulo de pressões que estavam sendo feitas sobre a família Henríquez, assim como sobre o diretor de investigações.
De qualquer forma, o caso deixou repentinamente de ser pesquisado também pelos grupos ufológicos locais e, logo, nenhuma nova notícia se conseguia a respeito do estranho ser, que misteriosamente sumiu da imprensa local. Muitas perguntas, no entanto, começaram a circular. O que estariam tentando ocultar? Por que nenhuma instituição de pesquisa chilena seguiu com a investigação? Por que exames rotineiros neste mundo tão tremendamente tecnológico e globalizado deixaram de ser aplicados, para se confirmar ou desmentir a afirmação de Arturo Mann? Poderia se tratar de uma nova espécie de animal, ainda desconhecida da Ciência? Ou de uma criatura alienígena?
Fonte: ☆ arquivoconfidencial.blogspot.com
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